A realização de treinos de Comando e Estados-Maiores do Exercito e Regiões Militares constitui matéria actualizada, sobretudo pelo momento histórico do país, afirma o chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas Angolanas (FAA), general do Exército, Egídio de Sousa Santos. Trata-se, diz o general que – recorde-se – colocou em Luanda as FAA em “prontidão combativa elevada” durante o último Congresso do MPLA, de preparação educativa-patriótica.
O comando das FAA e do Exército, em particular, tem promovido, nos últimos tempos, manobras tácticas para adequar a preparação das tropas, tendo em conta a melhoria da organização e o planeamento das actividades de preparação combativa, educativa-patriótica.
Para o chefe do Estado-Maior General das FAA, que falava no encerramento do treino de Comando e Estado-Maior do Exercito na Região Militar Leste, tudo quanto faz parte de um conjunto de processos que compõe as técnicas e tácticas de um exército exige a observação de esforços.
“Os exercícios demonstram o que deve ser o procedimento em situação de combate real e moderno, concretamente no plano de defesa do território sob nossa jurisdição e preparar as tropas para o cumprimento das missões combativas posteriores”, disse.
Essa de “preparar as tropas para o cumprimento das missões combativas posteriores”, é digna dos maiores generais da história mundial. Os generais “normais” seriam tentados, presume-se, a preparar as tripas para “missões combativas… anteriores”.
O general “Disciplina” exortou a tropa a prosseguir o esforço tendente ao aperfeiçoamento constante dos órgãos de comando e Estado Maior da Região Militar, na elaboração de documentos operativos e preparação de cálculos durante a realização do combate defensivo, melhoria do estudo das técnicas de combate, pois a vida é dinâmica e as técnicas de combate são variáveis.
Aos generais, comandantes e chefes apelou para o reforço da unidade, da coesão, fortalecimento e disciplinas entre os efectivos.
Durante dois dias, o evento teve como objectivo actualizar o efectivo em matérias táctico-operativas, para que possam responder aos desafios que a defesa da pátria (do MPLA, é claro) impõe.
Disciplina patriótica é obrigatória
Enquanto chefe do Estado-Maior General adjunto das FAA, já em 2015 (sob a tutela presidencial de José Eduardo dos Santos e ministerial – da Defesa – de João Lourenço) o general Egídio de Sousa Santos “Disciplina” explicava tudo de forma patriótica.
Ou seja, disse-o na altura, devido à sua posição geoestratégica e às suas potencialidades em recursos naturais, Angola tem sido alvo de várias tentativas de desestabilização, nomeadamente com recurso “à desobediência e a desacatos às autoridades legalmente instituídas”.
O general fez estas afirmações quando discursava na abertura do 6º curso de estratégia e arte destinado a oficiais generais e almirantes das Forças Armadas Angolanas.
Será então de concluir, ou não fosse o general Egídio de Sousa Santos “Disciplina” responsável pela “Educação Patriótica”, que todos aqueles que, internamente, teimam em pensar pela própria cabeça, se inserem nessa monumental e poderosa tentativa de desestabilização.
De acordo com o oficial general, neste “sentido deve-se prestar maior vigilância a estes cenários para não permitir que a paz duramente conquistada à custa do suor e sangue de muitos filhos da pátria seja perturbada”.
Está bem visto. Provavelmente todos os que não são do MPLA estavam, estão e estarão, a preparar um golpe de Estado e a preparar-se para a guerra, pondo a paz, “duramente conquistada à custa do suor e sangue de muitos filhos da pátria”, em causa. É isso, não é senhor general?
O curso de “de estratégia e arte” enquadrava-se nas perspectivas e estratégias de formação definidas pelo comando superior das Forças Armadas Angolanas e materializadas pelo Estado-Maior General por intermédio dos seus órgãos de ensino militar.
“Esta formação marca uma etapa importante no âmbito da implementação da directiva do Presidente da República e Comandante-em-Chefe das Forças Armadas Angolanas, José Eduardo dos Santos, que prevê um conjunto de tarefas concretas na perspectiva «Angola 2020», nas quais se destaca a formação contínua dos quadros a todos os níveis como premissa fundamental para a modernização da instituição castrense”, explicou na altura o general “Disciplina”.
“Todavia, o sucesso de qualquer formação depende em última instância do engajamento efectivo que cada discente tiver no estudo das matérias que forem ministradas, além do factor coabitação entre docentes, discentes, conteúdo, métodos de ensino e aprendizagem”, afirmou o general Egídio de Sousa Santos “Disciplina”, justificando a cada vez maior necessidade de reeducar os angolanos.
Egídio de Sousa Santos “Disciplina” afirmou estar convicto de que as Forças Armadas Angolanas “estão no bom caminho no concernente à formação, produzindo valores que possam enobrecer as estruturas de ensino militar, a instituição castrense, e o país em geral no contexto interno e externo em última instância, o soldado que constitui a unidade de um todo que são as Forças Armadas Angolanas”. E se estavam no bom caminho com Eduardo dos Santos, melhor estarão com João Lourenço…